sexta-feira, 29 de outubro de 2010

O presente que veio do Céu



Daqui do 21° andar da Av. Afonso Pena, onde moro, vejo as montanhas beijarem o céu. Beijo verde de quase azul. Quando a chuva vem, assisto a cortina de cristal fechando o palco do horizonte, que nem assim, deixa de ser belo.
Daqui do alto, solto meus pára-quedas de brinquedo feitos a mão. Uns levam mensagens enroladas em canudinho de papel, outros, pequenos brinquedos. Isso me inspirou a fazer o livro de imagens " O presente que veio do céu"
Nunca soube nas mãos de quem os meus pára-quedas caíram durante esses cinco anos, mas espero que as pessoas que os receberam tenham ficado felizes.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010


Sinopse:
Era uma vez um rio... Nasceu limpo e cristalino. Ainda criança, corria feliz. Purificava o ar. Alimentava as pessoas com seus peixes... Um pouco mais crescido, encontrou as indústrias. No rio, um mar de espuma. As águas ficaram pesadas, muita sujeira e peixes mortos... Encontrou a cidade e mais lixo. Choveu, choveu muito. Desesperado, sem poder correr livremente, o rio invadiu casas, derrubou paredes, expulsou as pessoas... Se você joga lixo no lixo, respeita a reciclagem e não desperdiça água está ajudando a melhorar a vida dos rios.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Livro de imagem

Livro de imagem

Completo em maio, com a publicação de mais três títulos, 23 livros de imagem, metade do número de livros que tenho publicados.

Há 32 anos, foi lançado o “Que planeta é esse? Em seguida, “Gato de papel” e “História de amor”.

Muitas coisas aconteceram durante esse percurso. No princípio, salvo alguns aventureiros ou empreendedores do futuro, era difícil um editor aceitar de imediato um projeto de livro de imagem. Era um produto relativamente novo e não se tinha segurança da aceitação pelo mercado consumidor. Durante anos, foi destinado apenas aos pequeninos na faixa dos não alfabetizados. E além do fato de ser novo, havia a real dificuldade dos professores em como trabalhar esse tipo de livro.

Em 1981, Um livro de Monique Felix, “ O ratinho que morava no livro”, me despertou o enorme desejo de criar narrativas de imagem. Comecei ilustrando outros autores, uma grande e importante tarefa. E sonhando a cada dia em poder também contar minhas histórias.

Tive o imenso prazer de visitar Eva Furnari, em 1987. Senti-me em sua casa, como quem estava dentro de um livro seu. As gavetas que, certamente, guardavam desenhos e histórias, os gouaches sobre a mesa, o gato branco e a sua delicadeza, jamais me esqueci.

Alguns anos depois, vejo com olhos de quem vê uma das coisas mais lindas feitas por aqui na terra, “Cântico dos Cânticos” de Ângela Lago.

Durante esses 32 anos, outros ilustradores surgiram com narrativas próprias. Cada um com seu jeito muito particular de criar. Como num desenho de figura humana, em que não se pode estabelecer regra por onde começar. Uns começam pela cabeça, outros pelo corpo etc. Já comecei histórias pelo fim, pelo meio e pelo começo. É fato de que quando se começa pelo fim, as dificuldades são menores. Tenho vivenciado essa mesma experiência com roteiros para cinema.

Mas em se tratando de uma narrativa visual, se começar por um texto, é porque ela não se estabelece sozinha. Não acredito ainda que um texto pode ser um ponto de partida para uma narrativa visual. Já foi proposto a mim e, provavelmente, a outros desenhistas, parcerias dessa natureza. Sempre achei que não era possível e nem sincera essa construção, pois como disse antes, se o texto veio primeiro é porque ele é soberano. Assim como uma narrativa de imagem concebida em imagem é soberana.

Outra coisa formidável que tenho vivenciado é a abertura imensa que uma história contada em imagens propicia. Cada dia me convenço mais de que nós, autores desse tipo de narrativa, temos que nos calar diante do nosso leitor, pois nada importa mais do que o que ele interpreta e sente, ou sente para interpretar. Nós somos apenas o primeiro impulso para que ele percorra o nosso livro com suas próprias pernas, olhos e alma. Não há o que dizer ou passar, passa por nós o que vem do outro e é isso o tesouro magnífico que um livro de imagem guarda em suas páginas.

Tenho uma grande satisfação em ser uma autora com incontáveis co-autores, que são meus queridos leitores.

Oratório

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Editora Mercuryo Jovem
Sinopse:
Na rua de terra, as birocas prontas para receberem as bolinhas multicoloridas de gude... O tabuleiro montado para o jogo de damas e para o xadrez chinês... no céu azul as pipas são as estrelas do dia... as mãos juntas escondem o cobiçado anel... no jogo da velha quem traçar sequência de três é o ganhador da vez... A vida tem um pouco de jogo. O jogo tem um pouco da vida. Não é sempre que se ganha nem se perde toda a vez. Ganhar, perder, empatar e o prazer de jogar... no jogo e na vida existem sempre mais que três resultados! Neste livro Regina Rennó resgata os jogos e as brincadeiras antigas.